Recomeçar: Alimentação saudável para o idoso dependente

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Alimentação saudável para o idoso dependente

O desejo de um cuidador familiar, que se sente grato ao seu idoso, é ajudá-lo a ser o mais saudável fisicamente e mentalmente possível. E a nutrição adequada está intimamente ligada a esta qualidade de vida desejada.

Um idoso mal nutrido apresentará maior prevalência ou agravo de doenças, dificuldade de cicatrização, maior dependência funcional, menor autonomia, confusão mental e deficiência imunológica.

É importante ter em mente que a alimentação deste idoso deva ser realizada de forma prazerosa, uma vez que ele poderá estar restrito a tantos outros prazeres. Portanto ofereça alimentos que remetam às boas lembranças do passado, propicie um ambiente agradável, sem barulho e com pessoas queridas próximas. Porém, lembre-se sempre do equilíbrio alimentar! Um grande desafio está na quantidade a ser ingerida e na qualidade nutricional das preparações.

Seguem algumas dicas:

Oferecer alimentos de 3 em 3 horas. Dessa forma o idoso não sentirá fome e não consumirá grande ou pequena quantidade de alimentos em uma próxima refeição.
Incluir 3 a 5 porções de frutas diariamente na alimentação. Tentando conciliar da seguinte forma: Incluir no café da manhã, após o almoço (deve ser rica em Vitamina C para melhor absorção do ferro), no meio da tarde ou da manhã junto com castanhas trituradas e antes de dormir. Se conseguir 3 porções ao dia está muito bom!
Consumir verduras e legumes diariamente (pode ser na forma de sopa ou creme de legumes, verduras trituradas com o feijão, purês, bem cozidas, refogadas). Dessa forma proporcionará ao organismo diferentes vitaminas e minerais assim como uma boa quantidade de fibras. Quanto menos radicais livres produzidos em nosso organismo menor a chance de doenças crônicas se desenvolverem ou o avançar dessas rapidamente.
Nos intervalos das principais refeições pode-se oferecer iogurtes ou vitaminas de frutas ou purês de frutas ou frutas in natura. É interessante acrescentar aveia ou linhaça triturada para aumentar a quantidade de fibras, melhorando assim o funcionamento intestinal.
Incluir peixes (preferência por atum, sardinha, arenque, cavala e salmão) uma vez por semana no cardápio. Proporciona boa quantidade de gorduras monoinsaturadas que estão relacionadas ao bom funcionamento cardiovascular e cerebral.
É importante ter uma fonte de proteína de origem animal tanto no horário do almoço quanto no jantar. Lembrando que no jantar deve ser dada preferência à carne branca como aves e peixes. Caso o idoso não consiga comer pedaços da carne esta deve ser triturada junto ao feijão. E em caso de idosos vegetarianos incluir soja, lentilha, grão de bico e avaliar a necessidade de uma suplementação protéica.
Diminuir o consumo de sal, misturando-o com especiarias e ervas desidratadas (orégano, salsinha, cebolinha, açafrão da terra, páprica, cominho…).
Ofertar entre 1 L e 2 L de água diariamente (mais precisamente 30 ml por Kg de peso). A água auxilia no sistema circulatório, no transporte de nutrientes, na digestão, absorção e excreção, regula a temperatura corporal e age como lubrificante para os órgãos e articulações.
Por fim, resgate a cultura alimentar, valorizando os alimentos da região e “da época”, pois crescem e se desenvolvem no tempo certo sem necessidade do uso de hormônios e outros aditivos químicos. Além de possuírem melhor custo-benefício.