A Importância de conhecer o Status Hormonal e HER2

Importância de saber se o Câncer de Mama Avançado tem Receptores Hormonais ou HER2

No caso da doença metastática, além de definir se trata de doença RE positiva e/ou HER 2 positiva, entram no processo decisório sobre o tratamento ideal a informação sobre tratamentos precisos, local das metástases, tolerância a determinadas medicações, possibilidade de infusão endovenosa (ou não), apenas para citar alguns.

Assim, existem algumas poucas regras gerais para o tratamento, mas que são moduladas por outras características individuais de cada paciente. Cada paciente deve portanto discutir suas particularidades com seu médico.

Os cânceres de mama são classificados pelo aspecto chamado de histológico (determinado pelo patologista que vê a biópsia ao microscópio) como carcinoma ductal invasivo (também chamado de carcinoma invasivo sem outras especificações), carcinoma lobular invasivo, carcinoma inflamatório, doença de Paget e outros. Além desta classificação, os cânceres têm de ser caracterizados quanto à presença ou ausência de receptores hormonais (RE e RP) e quanto à hiperexpressão (ou não) da proteína denominada de HER2. 

RE e RP - Os tumores podem apresentar expressão de apenas um dos receptores hormonais, ou ambos, ou nenhum. Além disso a expressão pode ser intensa ou fraca. A importância disso reside em que as células que apresentem estes receptores hormonais devem receber como parte do tratamento a hormonioterapia. Isto se aplica tanto na doença em fases iniciais (tratamento adjuvante), quanto na doença avançada (metastática). Na doença metastática, pode ser usada uma sequência de hormonioterápicos, que em alguns casos controla a doença por muitos anos. Quanto mais intensa a presença destes receptores nas células tumorais, melhor a eficácia da hormonioterapia no tratamento do câncer avançado.

HER2 - A hiperexpressão da proteína HER2 na superfície das células malignas faz com que elas possam ser alvejadas pela chamada terapia anti-HER2. Esta terapia alvo deve fazer parte do tratamento dos casos de câncer HER2+ tanto na doença em estágios iniciais (como parte do tratamento chamado de adjuvante) quanto do tratamento da doença metastática. No caso da doença metastática, temos à disposição quatro tipos de terapia anti-HER2: Trastuzumabe, Pertuzumabe, Lapatinibe e T-DM1. Em alguns casos pode-se associar mais de uma destas medicações. Em outros casos uma ou duas podem ser associadas à quimioterapia, e por último, há casos em que elas são associadas à hormonioterapia, se o tumor tiver tanto hiperexpressão de HER2 quanto presença dos receptores hormonais na superfície.

Para câncer de mama metastático receptor positivo, idealmente o tratamento deve sempre incluir a hormonioterapia até que esta deixe de ser eficaz. Há um crescente interesse na utilização de medicações que parecem resensibilizar o tumor à hormonioterapia, fazendo com que o tratamento hormonal se estenda, prorrogando a necessidade da quimioterapia. Um exemplo é a medicação everolimus, que prolonga a duração do tratamento hormonal, fazendo com que a doença demore mais para progredir. Outro, ainda em fase de estudos confirmatórios, são os chamados inibidores. CDK 4-6, que deverão ser aprovados nos próximos anos.

Para câncer de mama HER2+ metastático, o tratamento deve incluir a terapia anti-HER2. A estratégia de usar terapia anti-HER2 junto com quimioterapia ou hormonioterapia deve continuar mesmo que a doença progrida. Mais recentemente a associação de mais de uma terapia anti-HER2 vem sendo usada com sucesso, e deve ser considerada quando disponível. 

Para tumores que não expressam nem HER2 nem RE ou RP, o tratamento sistêmico deve ser baseado em quimioterapia. Há diversos quimioterápicos com eficácia no tratamento do câncer de mama. A escolha de qual quimioterápico usar leva em conta tratamentos e toxicidades prévias, idade e condição geral da paciente

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

extraído:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/status-hormonal-e-her2/6243/826/