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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

FÉRIAS APÓS UM TRANSPLANTE RENAL

Ter sido submetido a um transplante renal não deve ser uma barreira para que deixe de aproveitar o período de férias. Pelo contrário!
Ter sido submetido a um transplante renal não deve ser uma barreira para que deixe de aproveitar o período de férias. Pelo contrário! Após o período de internamento e cuidados inerentes do pós-operatório, sair do seu local habitual de residência e desfrutar de uns dias fora da rotina, poderá ser muito benéfico para a sua saúde mental, ajudando-o a cumprir com mais rigor todos os procedimentos pós-operatórios e proporcionado momentos prazerosos com as pessoas que mais gosta, cimentando laços e redes de apoio. No entanto, tenha em atenção que há quem defenda que só deve viajar após 8-12 meses do transplante.
Apesar de se afigurar difícil viajar com todas as precauções que o transplante renal exige, a base é o planeamento: planificar e ter em atenção pequenos pormenores poderão fazer toda a diferença no decorrer de uma viagem tranquila.
Assim, tome em atenção:
  • Deve assegurar-se que os seguintes documentos estão dentro da validade e actualizados: Cartão de Cidadão ou Passaporte e Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD), se for para a Europa.
  •  Deve avisar a equipa de saúde que o apoia. Além disto, deve verificar se para o(s) local(ais) onde vai, existem hospitais gerais ou clínicas com serviço de urgência, para o caso de acontecer algum imprevisto e necessitar de cuidados médicos.
  • Antes de partir, convém requerer um relatório médico actualizado sobre toda a sua história clínica e prescrições da medicação necessária para esse período.
  • A medicação deve ser o dobro em relação à quantidade que calcula que vai precisar. Devido a problemas rodoviários, voos atrasados ou perdidos, necessidade de ficar mais dias no hotel/local de férias, os seus planos podem ser alterados e, desta forma, estará precavido.
  • Tome em atenção o prazo de validade da medicação, bem como as recomendações face à temperatura de armazenamento.
  • Se viaja de avião, para minimizar os problemas decorrentes de extravio, uma parte dos medicamentos deve ser transportada na bagagem de mão e a outra deve ser enviada junto com a bagagem despachada.
  • Também deverá levar medicação consigo, na bagagem de mão, para que a continue a tomar às horas certas e pré-definidas.
  • Se vai atravessar muitos fusos horários, tem de adequar a hora da toma da medicação, não esquecendo que a medicação tem um período e uma ordem certas a serem administrados. Fale com a equipa de saúde antes, de forma a saber como fará esta adequação. Saiba também, de antemão, o fuso horário do seu destino de férias.
  • Se vai viajar de avião, leve também consigo prescrições médicas e um resumo da sua condição clínica, devidamente assinado pelo seu médico, na bagagem de mão, de forma a comprovar a toma de medicação e evitar problemas antes de embarcar e/ou alfandegárias.
  • A nível da prescrição e informação clínica, deve estar explícito o princípio activo da medicação em uso e a quantidade que leva consigo.
  • Não se esqueça que a medicação liquida com capacidade superior a 100ml, não pode ser transportada em bagagem de mão, só no porão.
  • Mantenha a medicação dentro dos blisters/caixas originais. Há a tendência de armazenar a medicação em pequenas malas, toda junta, de forma a gerir melhor o espaço físico da bagagem. No entanto, se for questionado por inspectores alfandegários no aeroporto ou fronteiras, será mais fácil explicar a proveniência e tipo de medicação.
  • A medicação pós-transplante pode torna-lo mais sensível aos efeitos do sol (raios ultra-violeta) e do calor e, muita deste medicação, torna-o mais susceptível de desenvolver um cancro de pele. Deste modo, use sempre protector solar adequado, mesmo que não vá para a praia e vá aplicando várias vezes ao dia. Opte por roupas leves, claras e que tapem a maior parte do corpo. Prefira ficar dentro de um edifício às horas críticas de maior calor (entre as 11h e as 17h). Pode aproveitar para visitar museus, exposições, ir ao cinema ou simplesmente, descansar/tirar uma desta. Não dispense um chapéu e os óculos de sol.
  • Em relação à alimentação, pode provar as especialidades locais mas sempre com cautela redobrada! Minimize a hipótese de ter diarreia ou vomitar (altera a absorção da medicação, podendo cortar o efeito), ao recusar comida mal cozinhada/crua. Fale com o seu médico no sentido de levar consigo medicação anti-diarreica/anti-hemética.
  • Se tem restrições diatéticas e se vai fazer a maior parte das suas refeições no hotel onde está hospedado, faça um contacto prévio com o mesmo, de forma a expor a sua condição de saúde e de modo a saber se podem adequar alguns produtos/refeições à sua situação.
  • Se não conseguir fazer um contacto prévio, avise no primeiro dia e tente chegar a um consenso com a equipa da cozinha. Normalmente, são compreensivos com doenças específicas e poderão ajustar as refeições ao gosto do cliente.
  • Se vai fazer as refeições fora ou não conseguiu que o hotel lhe assegurasse as refeições adequadas ao seu estado de saúde, siga as dicas deste artigo: Almoçar ou jantar fora com segurança
  • Evite saladas, a não ser que as tenha preparado e higienizado.
  • Se vai necessitar de se alimentar durante a viagem, leve consigo alimentos que o saciem e que sejam adequados ou entre em contacto com a companhia aérea, de forma a avaliar se poderão atender aos seus pedidos específicos. Mas vá sempre prevenido com alimentos que possa ingerir e que não se alterarão durante a viagem.
  • Tome em atenção a qualidade da água/bebidas que vai ingerir. As pessoas imunodeprimidas estão mais passíveis a ficarem doentes. Pergunte, no local de férias, se a água é potável. Em caso de desconhecimento ou dúvida, beba só água engarrafada e esqueça o gelo, café e chá.
  • Evite os gelados que se vendem na rua.
  • Avalie com o seu médico se necessitará de ir a uma consulta do viajante e se precisará de fazer medicação preventiva, como as vacinas. Mais uma vez, planeie tudo com tempo!
  • Ponha a hipótese de levar um repelente de insectos.
  • Fazer uma lista do que levar na mala é sempre uma boa ideia, pois evita esquecimentos.
  • Tenha cuidado no contacto com pessoas que estejam constipadas/gripadas ou que tenham alguma outra afecção de saúde contagiosa.
  • Se viajar para o exterior, avalie a possibilidade de compra de seguro de viagem. A maioria dos planos de seguro de viagem cobrirá cuidados de emergência médica no exterior e até mesmo transportá-lo para casa em caso de emergência.

E, por último, divirta-se! Aproveite a sua estadia com calma e tranquilidade. Há que gerir todo um novo rol de preocupações mas, ao planear ao máximo a sua estadia fora, sentir-se-á mais seguro e confiante de que tudo decorrerá pelo melhor. Deixe que o seu bom-senso impere, aconselhe-se bem com a sua equipa de saúde (leve os contactos da equipa, para eventuais dúvidas) e siga as suas indicações. No final, aproveite! As pessoas que foram submetidas a transplante podem fazer quase tudo o que as outras pessoas fazem: deixe que o seu corpo também lhe mostre os limites e, no final, traga muitas fotografias, postais e, essencialmente, venha retemperado e feliz!
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obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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